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Mensagens de áudio no WhatsApp viram arma contra desinformação sobre vacinas

Formato de fácil viralização, as mensagens de áudio no WhatsApp estão se tornando grandes aliadas contra a desinformação. Integrantes da União Pró-Vacina da USP, grupo de instituições que atua no combate a informações falsas sobre imunização, criaram uma série de mensagens desse tipo explicando e esclarecendo as principais fake news sobre vacinas para disparar na rede social.

Segundo o estudante de graduação em Farmácia da USP Ribeirão e guia da ONU no Projeto Halo, Wasim Syed, que também faz parte da União Pró-Vacina, a ideia surgiu a partir de uma análise dos conteúdos recebidos por WhatsApp pelos próprios integrantes do projeto. “Grande parte das fake news que saem sobre vacinas e coronavírus são disseminadas por áudios enviados por pessoas que estão conversando com alguém da família. Isso viraliza muito mais do que vídeos e qualquer informação correta”, diz ele.

A partir dessa constatação, o grupo começou a adaptar conteúdos já postados em outras redes sociais, como o Facebook e o Instagram, para mensagens de áudio. O roteiro padrão inclui a pergunta, a apresentação do integrante que está narrando e a explicação correta, sempre embasada em fontes confiáveis, como revistas científicas.

As mensagens esclarecem mitos tradicionais, como a possibilidade de vacinas causarem autismo, e até mesmo informações falsas que ganharam destaque com o lançamento de vacinas contra a covid-19, como a ocorrência de alterações no DNA a partir da imunização. Os disparos são feitos duas vezes por semana pelos próprios integrantes.

Confira as informações completas e como acessar as mensagens!

Sobre a União Pró-Vacina

A União Pró-Vacina é uma iniciativa organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo Ribeirão Preto da USP em parceria com o Centro de Terapia Celular (CTC), o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), a Ilha do Conhecimento, a Vidya Academics, o Gaming Club da FEA-RP, o Instituto Questão de Ciência e o Pretty Much Science.

CTC abre vaga para bolsista na área de Bioterismo

O Centro de Terapia Celular (CTC-USP) oferece uma Bolsa FAPESP de Treinamento Técnico nível três (TT-III) na área de Bioterismo, para atuar no Laboratório de Estudos Experimentais em Animais (LEEA) do Hemocentro de Ribeirão Preto. O processo seletivo segue até o dia 20 de janeiro.

Para concorrer, o candidato deve ter graduação em Medicina Veterinária, Farmácia, Zootecnia, Biologia ou Biomedicina. Os interessados deverão enviar currículo para o e-mail: cleide@hemocentro.fmrp.usp.br, especificando no assunto: Bolsa LEEA.

A jornada é de 40 horas semanais, com bolsa de R$ 1.228,40.

Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre o trabalho realizado pelo LEEA.

União Pró-Vacina alerta sobre o avanço de grupos antivacina em plena pandemia

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

Enquanto a maioria dos países se prepara para iniciar campanha de vacinação contra a COVID-19, doença que já matou mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo, crescem, inclusive no Brasil, a desinformação e as teorias conspiratórias que alimentam movimentos antivacina.

Especialistas têm reforçado que, além de dispor do imunizante, de seringas, ampolas, refrigeradores, profissionais de saúde e definir logística de distribuição, é essencial também uma campanha de comunicação sobre a importância da vacinação, para que seja possível alcançar a meta de ter, pelo menos, 60% da população imunizada.

“Estamos observando uma espécie de batalha assimétrica. Os grupos antivacina no Brasil cresceram consideravelmente durante a pandemia, reaproveitando conteúdos prévios de fake news que já tinham sido produzidos e foram adaptados para a COVID-19. É muito mais barato e fácil produzir notícias falsas com análises conspiratórias e sem nenhum comprometimento do que um estudo com embasamento científico”, disse João Henrique Rafael, idealizador da União Pró-Vacina, grupo de pesquisadores que tem monitorado grupos antivacina no Facebook.

A iniciativa do Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) conta com a parceria do Centro de Terapia Celular (CTC) e do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) – dois Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. Também integram a União Pró-Vacina a Ilha do Conhecimento, a Vidya Academics, o Gaming Club da FEA-RP, o Instituto Questão de Ciência e o Pretty Much Science.

Confira a reportagem completa no site da Agência FAPESP.