Artigo apresenta análise proteômica focada na melhoria da eficácia da terapia CAR-T

A abordagem proteômica tem se consolidado como uma ferramenta essencial no avanço da terapia celular para o tratamento de doenças, como o câncer. Um estudo recente, realizado por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), oferece uma visão das principais descobertas na área, no que diz respeito à terapia com as células CAR-T. O trabalho destaca as proteínas-chave e as vias de sinalização envolvidas na eficácia dessa terapia inovadora.

O artigo “A Proteomics Outlook on the Molecular Effectors of CAR‑T Cell Therapy in Cancer Management”, publicado no dia 6 de março no Journal of Proteome Research, foi conduzido pelo doutorando John Teibo, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), sob a orientação do Prof. Dr. Vitor Faça. A iniciativa contou também com a colaboração da Dra. Virginia Picanço e Castro e do Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza, pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto / CTC-USP.

A pesquisa buscou identificar efetores moleculares relacionados à terapia com células CAR-T em bancos de dados como PubMed e Scopus. A proposta resultou na identificação de proteínas que podem ser alvos-chave para aprimorar a eficácia da terapia. A utilização da proteômica permitirá uma compreensão mais profunda das alterações nessas moléculas, abrindo caminho para novos avanços no tratamento.

Embora a terapia com células CAR-T tenha mostrado resultados promissores no combate aos cânceres hematológicos, ela ainda apresenta limitações, como a síndrome de liberação de citocinas, anomalias neurológicas, perda do alvo terapêutico e custos elevados.

Com os avanços recentes em espectrometria de massas, novas possibilidades para analisar a abundância, localização celular, síntese/degradação e modificações pós-traducionais das proteínas tornam-se viáveis. Isso permite uma compreensão mais detalhada e integrada de processos fisiológicos e celulares, essencial para o aprimoramento da terapia.

Assista ao vídeo para mais detalhes sobre o artigo.

Scroll to Top