Eduardo Vidal

CTC-USP abre vaga de pós-doutorado em Imunoterapia para o Câncer

Estão abertas as inscrições para uma vaga de pós-doutorado na área de Imunoterapia para o Câncer no Centro de Terapia Celular da USP, localizado no Hemocentro de Ribeirão Preto. Os interessados têm até às 18 horas do dia 30 de outubro para participarem.

Os candidatos devem enviar uma carta de motivação (com no máximo uma página), currículo completo (duas páginas no máximo) e duas cartas de recomendação, com as informações de contato das respectivas referências, para o e-mail: fernanda.udinal@hemocentro.fmrp.usp.br.

Os pré-requisitos para a vaga são: ter doutorado na área de ciências biológicas e uma experiência sólida em pesquisa em imunologia e/ou imunoterapia celular; experiência anterior em pesquisa com células-tronco ou leucemogênese, conhecimento de técnicas de biologia celular e molecular (em especial, clonagem, design de vetor e transferência gênica), cultura celular, citometria de fluxo, ensaios funcionais de célula T e experimentação animal; habilidades de comunicação oral e escrita em inglês.

O CTC integra o grupo dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, CEPIDS, da FAPESP. A instituição é formada por pesquisadores da USP e do Hemocentro de Ribeirão Preto que buscam novos insights sobre a biologia das células-tronco e também desenvolver abordagens inovadoras para o tratamento de doenças que ameaçam a vida. O centro possui laboratórios equipados com máquinas de primeira linha e um Laboratório de Terapia Celular para a fabricação de células-tronco/progenitoras e células CAR-T (do inglês, chimeric antigen receptor T-cells) para uso clínico.

O fato de estar na Universidade de São Paulo também propicia um ambiente rico para fomentar a troca de conhecimento, treinamento educacional e raciocínio inovador. O aprovado receberá uma bolsa de pós-doutorado da FAPESP

Confira o edital completo

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Seminário do CTC aborda as origens dos estudos da biologia celular no Rockefeller Institute

O Prof. Dr. Lewis Joel Greene ministrou a palestra “The origin of cell biology at the Rockefeller Institute”, no Seminário do CTC. O evento foi realizado no dia 13 de setembro, das 9h às 11h30, no Anfiteatro Vermelho do Hemocentro de Ribeirão Preto.

A programação foi dividida em duas partes, com um intervalo onde foi oferecido um coffee break. A primeira etapa teve como título “Applying electron microscopy to biological material” e a segunda teve como tema “Intracellular aspects of the process of protein secretion”.

O Dr. Greene estudou na Universidade Rockefeller de 1955 a 1962, tendo completado o PhD sob a orientação de G.E. Palade e C.H.W. Hirs. De 1962 a 1974, trabalhou como Bioquímico no Laboratório Nacional de Brookhaven. Veio para a FMRP-USP em 1974, aposentou-se em 2004 e continua até a presente data como Professor Sênior. Ele é fundador do Brazilian Journal of Medical and Biological Research, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e recebeu a Ordem do Mérito Científico Brasileiro.

No início da década de 70, o bioquímico americano e o Prof. Dr. Sérgio Ferreira estudaram peptídeos vasoativos do veneno da jararaca, os resultados possibilitaram avanços contra a hipertensão.

Confira abaixo algumas fotos do evento.

Palestra “Sickle Cell Disease: the complex genetics of a monogenic disorder”

O Professor Jacques Elion foi o convidado do programa Jovem Pesquisador, do Hemocentro de Ribeirão Preto, no dia 21 de agosto. O pesquisador ministrou a palestra “Sickle Cell Disease: the complex genetics of a monogenic disorder”.

O Dr. Elion é docente da Université Paris Diderot, atua no National Institute of Blood Transfusion da França e tem como estudo a fisiopatologia e tratamentos inovadores da doença falciforme.

A USP e a renomada universidade francesa estabelecem uma forte cooperação acadêmica em várias áreas do conhecimento, envolvendo professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação para o desenvolvimento de projetos em anemia falciforme, transplante de medula óssea e falência hematopoética.

A colaboração envolve tanto a pesquisa básica no laboratório quanto a pesquisa clínica para o desenvolvimento de novos diagnósticos e tratamentos para pessoas que sofrem dessas doenças.

 

Pesquisadores do CTC desvendam novos mecanismos que regulam a pluripotência em células-tronco embrionárias

Karina Toledo | Agência FAPESP

Capazes de originar diferentes tecidos do corpo humano, as células-tronco embrionárias (CTEs) passaram a representar, na virada do século, uma esperança de tratamento para diversas condições de saúde. Mas, à medida que as pesquisas avançaram, percebeu-se que entender e controlar o comportamento dessas células seria um desafio maior que o imaginado inicialmente.

Estudos mostraram que uma mesma população de CTEs pode ser bastante heterogênea e que o potencial de pluripotência, ou seja, de se diferenciar nos mais diversos tipos celulares, poderia variar entre as células oriundas de um mesmo embrião e ainda mais entre diferentes linhagens. Descobriu-se, posteriormente, que, na medida em que a diferenciação avança, se altera no interior das células-tronco o nível de determinados microRNAs – pequenas moléculas de RNA que não codificam proteínas, mas desempenham função regulatória em diversos processos intracelulares.

Ao investigar mais detalhadamente o papel de 31 desses microRNAS observados nas CTEs humanas, pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) de Ribeirão Preto identificaram vias de sinalização envolvidas tanto na manutenção da pluripotência como na indução do processo de diferenciação – descoberta que abre novas perspectivas para as pesquisas na área.

Resultados do estudo, apoiado pela FAPESP, foram divulgados na revista Stem Cell Research & Therapy. O CTC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID-FAPESP) sediado na Universidade de São Paulo (USP).

“Com base nessas informações, podemos pensar no desenvolvimento de drogas para facilitar o cultivo de CTEs em laboratório e até mesmo para fazer com que essas células regridam ao estágio mais inicial de desenvolvimento, denominado naive, no qual a capacidade de originar qualquer tipo de tecido é maior”, disse Rodrigo Alexandre Panepucci, pesquisador da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto e coordenador do trabalho.

Clique aqui e confira a reportagem completa publicada na Agência FAPESP.