O Prof. Dr. Rodrigo Alexandre Panepucci ministrou a palestra: “Principais resultados alcançados nos últimos cinco anos do CTC”, referentes ao Laboratory of Large-Scale Functional Biology, no Seminário do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP.
O encontro foi realizado no dia 23 de fevereiro, das 9h30 às 10h30, no Anfiteatro Vermelho do Hemocentro de Ribeirão Preto.
A apresentação está disponível no canal da TV Hemocentro no YouTube e também pode ser assistida abaixo.
Equipe
Entre pesquisadores principais, bolsistas, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, a instituição soma mais de 170 homens e mulheres que buscam compreender o funcionamento do corpo humano. Médicos, biólogos, profissionais biomédicos, farmacêuticos, veterinários e químicos trabalham com excelência para oferecer os melhores resultados para a sociedade.
O “XVIII Curso de Verão: Genoma, Proteoma e o Universo Celular” foi realizado de 29 de janeiro a 9 de fevereiro, no Hemocentro de Ribeirão Preto.
O evento foi organizado pelo Centro de Terapia Celular da USP. As vagas para os minicursos foram distribuídas para todos os Estados brasileiros e demais países da América Latina, de acordo com a demanda dos currículos enviados.
O objetivo do ciclo de encontros foi oferecer aos alunos das áreas de Biologia, Saúde e Engenharia Química, a oportunidade de conhecer as diversas linhas de pesquisa do CTC, um dos dezessete Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela FAPESP.
As aulas tiveram conteúdo teórico e prático, direcionados aos programas de pós-graduação da instituição. A duração do curso foi de 80 horas, 40 horas de aulas teóricas e 40 horas de aulas práticas.
Um grupo de pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP publicou um artigo que avalia os mecanismos imunológicos relacionados à resposta terapêutica do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com esclerose sistêmica.
O estudo “Immune rebound associates with a favorable clinical response to autologous HSCT in systemic sclerosis patients” foi divulgado no dia 17 de janeiro pelo periódico científico Blood Advances, da American Society of Hematology, a maior revista de hematologia do mundo.
O trabalho, apoiado pela FAPESP, foi conduzido com a colaboração de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, do Hemocentro de Ribeirão Preto e da Universidade Paris Diderot, Sorbonne Paris Cité, da França.
Os cientistas buscaram entender por que cerca de 20 a 25% dos pacientes transplantados não respondem bem ao procedimento e não apresentam melhora no estado clínico.
A esclerose sistêmica é uma doença autoimune reumática crônica do tecido conjuntivo, caracterizada por lesões microvasculares associadas a diferentes graus de fibrose da pele e dos órgãos internos. As causas permanecem ainda desconhecidas, por isso, os tratamentos disponíveis possuem uma eficácia limitada no controle da progressão da doença e os pacientes sofrem com problemas de falta de ar, dores pelo corpo, manchas e dificuldade de locomoção, levando muitos doentes a deixarem seus trabalhos e o convívio familiar.
Na pesquisa foram avaliadas a função do timo e da medula óssea na produção de novas células em 31 pacientes transplantados, no período de três anos, e comparadas em paralelo com os dados de 16 pacientes, também com esclerose sistêmica, tratados com a terapia convencional (imunossupressão).
“Nós testamos a hipótese de que o transplante seria capaz de reativar a produção de novas células por esses dois órgãos, levando à substituição das células doentes, que atacam tecidos do corpo, por células saudáveis”, explica o pesquisador Lucas Coelho Marlière Arruda, um dos autores do projeto.
A equipe observou que somente os pacientes transplantados apresentaram aumento na função do timo e da medula óssea, levando à produção de maiores níveis de células T reguladoras e B reguladoras respectivamente. Enquanto nenhuma alteração foi notada nos pacientes tratados pela terapia convencional.
O transplante envolve o uso de altas doses de quimioterapia, com o objetivo de destruir por completo o sistema imunológico doente, seguido pela administração das células-tronco do próprio pacientes para “reiniciar” o sistema imune e impedir a progressão da doença.
Segundo Arruda, nos pacientes não respondedores, a quimioterapia empregada no transplante não foi capaz de destruir o sistema autoimune, com isso, as células doentes se mantiveram mesmo depois do procedimento, aliadas a uma diminuição dos níveis de células reguladoras.
A pesquisa conclui que somente o transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas induz a produção de novas células pelo timo e medula óssea, levando à remissão clínica da doença. A alternativa proporciona uma protocolo clínico mais eficaz e a consolidação desta terapia como tratamento.
O Centro de Terapia Celular da USP promoveu o “XI Curso de Verão em Bioinformática”. As palestras foram realizadas de 29 de janeiro a 9 de fevereiro, no Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e no Hemocentro RP.
A proposta desta edição foi desenvolver uma ferramenta que integre predição de alvos de miRNAs (Micro-RNAs), análise de correlação de expressão de miRNAs e seus alvos, análise de enriquecimento de vias metabólicas dos alvos e construção de redes de interação miRNAs vs alvos.
A ferramenta deve trabalhar com dados de expressão fornecidos pelo usuário e/ou obtidos automaticamente de repositórios públicos como o “The Cancer Genome Atlas” (TCGA), um projeto iniciado em 2005 para catalogar mutações genéticas responsáveis pelo câncer, usando sequenciamento do genoma e bioinformática.
Os 20 estudantes selecionados também tiveram contato com um cenário real de elaboração e execução de um projeto na área.
A parte teórica do curso apresentou um problema biológico e as abordagens indicadas para estudá-lo. Já a prática, que correspondeu a maior parte do encontro, foi dedicada a investigação com métodos computacionais e experimentais.