Festival internacional de divulgação científica tem edição especial online em três cidades paulistas

A ciência se tornou um excelente aperitivo em muitos bares brasileiros desde 2015, graças ao festival internacional de divulgação científica Pint of Science. Em 2021, a edição foi realizada de forma virtual pela segunda vez nos dias 17, 18 e 19 de maio, devido à necessidade de isolamento social trazida pela pandemia da covid-19. Em vez da tradicional mesa de bar, o público pôde saborear a ciência pelo YouTube.

A novidade deste ano foi que três cidades do interior paulista – Ribeirão Preto, Rio Claro e São Carlos – prepararam uma programação especial. O resultado foi um cardápio bem temperado com doses de biologia, geociências, tecnologia e até mesmo direito, distribuído em três atividades que harmonizaram muito bem com as bebidas e petiscos que todo mundo gosta de degustar em casa.

As atividades foram transmitidas ao vivo pelo canal do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP no YouTube e começaram no dia 17, às 19h, com o bate-papo O novo petróleo: quando dados viram mercadoria em um mundo dependente da inteligência artificial. Para explicar de que forma a inteligência artificial e os dados pessoais se relacionam e quais mecanismos podemos usar para nos proteger, foram convidados três pesquisadores: Cíntia Pereira de Lima, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP; Daniel Guimarães Pedronette, do IGCE-Unesp; e Kalinka Castelo Branco, do ICMC-USP.

Já no dia 18, o prato do dia foi Rochas microbiais: da origem da Terra a reservatórios de petróleo e o Pré-Sal, em que o público pôde conhecer os microbialitos, um tipo de rocha formada pela atividade metabólica de microorganismos e que contribuiu para a formação de importantes reservas de hidrocarbonetos, como o Pré-Sal aqui no Brasil. Os convidados da noite foram os professores José Alexandre de Jesus Perinotto e Lucas Veríssimo Warren, do IGCE-Unesp, e Taís Suelem Viana, mestre em Toxicologia pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP.

A saideira ficou por conta de Por que os cientistas espionam os sons da natureza? Foi quando o público pôde compreender uma área de pesquisa que investiga as conexões entre os sons e diversos biomas, e utiliza ferramentas de ciência de dados para responder a perguntas relacionadas à ecologia. Mais três pesquisadores apresentaram o cardápio da última noite do festival: Maria Cristina Ferreira de Oliveira, que é diretora do ICMC-USP; o professor Milton Cezar Ribeiro, do Instituto de Biociências da Unesp Rio Claro; e a bióloga Bruna Lima Ferreira, integrante do projeto Ilha do Conhecimento.

O evento foi organizado pelo ICMC-USP, pela Unesp Rio Claro, pelo IEA-RP, pelo Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e pelo Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID-USP).