Estudo identifica novas funções de molécula envolvida no melanoma

André Julião  |  Agência FAPESP – Novos testes em animais e em células de melanoma em cultura mostraram que uma molécula conhecida como RMEL3, presente na maioria dos casos desse tipo agressivo de câncer de pele, tem função importante na sobrevivência e na proliferação do tumor. Os novos achados reforçam estudos anteriores, segundo os quais a inibição do RMEL3 pode ser uma nova opção de tratamento, auxiliando nos casos resistentes ao medicamento mais usado hoje.

Resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados em artigo publicado na revista Pigment Cell & Melanoma Research.

“Esse trabalho caracteriza o papel de um RNA longo não codificante [que não é traduzido em proteína], o RMEL3, na tumorigênese do melanoma. Observamos que, quando ele é introduzido em células não tumorais [que normalmente não o expressam], elas passam a sobreviver como se fossem células tumorais, isto é, dispensam estímulos dos fatores de crescimento do meio extracelular”, disse Enilza Espreafico, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e coordenadora do estudo.

Em outro experimento, o grupo introduziu o RMEL3 em uma linhagem de células de melanoma que normalmente apresenta baixa expressão desse RNA. “Essas células passaram a proliferar mais em cultura e, quando implantadas em animais, geraram tumores que cresceram mais rápido que os tumores das células parentais [sem RMEL3]”, disse Espreafico.

O estudo teve a colaboração de pesquisadores da Harvard Medical School e da Universidade do Texas, ambas nos Estados Unidos, do Hospital do Câncer de Barretos, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (FCFAr-Unesp) e do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), um dos Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP.

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Imagem: Enilza Espreafico e Douglas E. Santos

Progresso nas pesquisas genéticas é tema do programa “Canal Livre”

A Profa. Dra. Lygia da Veiga Pereira foi  a convidada  do programa “Canal Livre”, da TV Bandeirantes, que abordou os avanços nas pesquisas genéticas e na terapia celular. A entrevista foi ao ar no dia 10 de março e pode ser assistida neste link.

A docente do Instituto de Biociências da USP é pesquisadora principal do Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e coordenadora do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE-USP).

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1º Prêmio de Ficção Científica

O Centro de Terapia Celular (CTC-USP) integra a organização do 1º Prêmio de Ficção Científica. O concurso de redação tem como objetivo reforçar nos jovens o hábito da leitura e da escrita, além de estimular o interesse por assuntos ligados à ciência e a importância dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O evento é promovido pelo Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da USP e pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, com o apoio do Instituto Ribeirão 2030.

Podem participar estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas e particulares de Ribeirão Preto. Eles devem produzir um texto no formato de conto literário, entre 20 e 60 linhas, com características do gênero de ficção científica e que aborde os ODS.

As inscrições devem ser feitas pelo professor que será responsável pelo concurso na escola até o dia 28 de março, no site: www.premioredacao.wixsite.com/2019.

As redações escolhidas precisam ser digitalizadas e enviadas à organização do concurso até 27 de maio.

Os autores dos três melhores contos literários ganham um notebook (1º lugar), um tablet (2º lugar) e um Kindle (3º lugar). Os professores que orientaram cada vencedor recebem um Kindle e suas escolas a doação de livros de ficção científica.

Mais informações: (site)iearp@usp.br ou (16) 3315 0368.

Programa Diálogos na USP discute o avanço nas pesquisas sobre o câncer

O Prof. Dr. Eduardo Rego, pesquisador principal do CTC, participou do programa Diálogos na USP. O tema desta edição é o “Avanço nas pesquisas sobre câncer”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, até o final deste ano, dezoito milhões de pessoas terão algum tipo de câncer.

Fatores sociais, econômicos e até o envelhecimento populacional estão relacionados com o aumento do número de casos. Mas questões ambientais como a poluição excessiva e a alimentação têm afetado cada vez mais jovens.

A entrevista também conta com a participação da Professora Luisa Villa, do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina de São Paulo.

O programa completo está disponível no Canal da USP no YouTube.