Trabalho aponta que brasileiros com anemia falciforme vivem 37 anos a menos

Uma nova técnica para o tratamento da anemia falciforme, que envolve a edição genética CRISPR-Cas9, repercutiu nas últimas semanas com a liberação no Reino Unido e Estados Unidos. No Brasil, a doença está entre as mais prevalentes e com alta taxa de mortalidade.

Um estudo coordenado pela médica do Hemocentro de Ribeirão Preto, Dra. Ana Cristina Silva Pinto, apontou que a enfermidade é responsável por reduzir a sobrevida em 37 anos em comparação à população geral. A pesquisa foi publicada na revista científica “Blood Advances” e está disponível no link: https://doi.org/10.1182/bloodadvances.2022008938.

A anemia falciforme causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice. Um dos tratamentos possíveis é o transplante de células-tronco hematopoiéticas (capazes de se diferenciar em todas as células do sangue), retiradas da medula óssea de um doador saudável.

O procedimento foi incluído no rol do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2015. Parte das evidências científicas que contribuíram para a incorporação na rede pública foi produzida em trabalhos realizados no CTC-USP, Hemocentro RP e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Confira a reportagem divulgada na Revista VEJA.