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CTC realiza o “II Workshop on Immunotherapy” focado na terapia com CAR-T cells

O Centro de Terapia Celular (CTC-USP) promoveu o “II Workshop on Immunotherapy”. O evento foi realizado no dia 17/11,  no Anfiteatro Vermelho do Hemocentro de Ribeirão Preto.

O encontro teve como foco a terapia com CAR-T cells, que associa a imunoterapia celular à engenharia genética e biotecnologia. As células T são coletadas do próprio paciente e modificadas geneticamente em laboratório. Uma vez alteradas, elas são reintroduzidas na corrente sanguínea, onde se multiplicam e começam a combater as células cancerígenas.

O encontro teve a participação de pesquisadores da USP, Hemocentro RP, do INCA, ANVISA, FINEP, GE Healthcare Life Sciences e do Prof. Dr. Bruce Levine, do Center for Advanced Cell Therapies, da Philadelphia, nos Estados Unidos.

Dentre os temas foram abordados os tratamentos de leucemia e linfomas, a transferência de tecnologia da academia para a indústria, protocolos de aplicação clínica e propostas de regulamentação de produtos.

Confira as fotos abaixo e assista todas as palestra no Canal da TV Hemocentro no You Tube.

Pesquisa com células geneticamente modificadas podem beneficiar pacientes do SUS com leucemia e linfoma

Pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto estão desenvolvendo uma plataforma de expansão de células T geneticamente modificadas para tratamento de pacientes com leucemias e linfomas. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que foram registrados mais de 23 mil novos casos destas doenças em 2016.

Essa terapia poderá beneficiar pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O Hemocentro de Ribeirão Preto sedia o Centro de Terapia Celular (CTC-USP), da FAPESP, e o Instituto Nacional de Células-Tronco e Terapia Celular no Câncer (INCTC), do CNPq, que têm aporte financeiro de R$ 7 milhões para pesquisas em terapias celulares e genéticas do câncer. A equipe também possui parceria com a GE Healthcare Life Sciences para o desenvolvimento do projeto.

Esse tipo de imunoterapia foi desenvolvida por pesquisadores pioneiros da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e posteriormente licenciada à indústria farmacêutica Novartis. Conhecida como CAR-T cell therapy, a terapia é totalmente personalizada e associa a imunoterapia celular à engenharia genética e biotecnologia.

Prof. Dr. Dimas Tadeu Covas

O estudo americano, conduzido com essa terapia, mostrou que uma dose única de células T geneticamente modificadas fez desaparecer por completo as células cancerígenas em 83% dos pacientes com leucemia linfoide aguda tratados. Os resultados foram considerados impressionantes pelos oncologistas e um grande avanço para esses pacientes que não tinham mais opções terapêuticas.

As células T são coletadas do próprio paciente e modificadas geneticamente em laboratório. Uma vez alteradas, elas são reintroduzidas na corrente sanguínea, onde se multiplicam e começam a combater as células cancerígenas.

Prof. Dr. Rodrigo Calado

Uma única célula T modificada é capaz de destruir até 100 mil células cancerígenas. Ao contrário dos medicamentos disponíveis atualmente, cada dose é customizada para o paciente e, para isso, há uma logística complexa e elevado custo. Apesar de promissora, a nova terapia pode ter efeitos colaterais graves. O mais frequente é a resposta exacerbada do sistema imunológico, que causa febre muito alta e queda súbita de pressão arterial.

Até o fim deste ano, está prevista a submissão de um estudo clínico experimental para apreciação pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa e aprovação das agências reguladoras brasileiras. 

O projeto é liderado pelos professores Dimas Tadeu Covas e Rodrigo Calado, ambos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). A equipe é composta pelas pesquisadoras Virginia Picanço e Castro, Kamilla Swiech e Kelen Malmegrim de Farias, também da USP de Ribeirão Preto.

Reportagem: Marcos de Assis – Assessoria de Imprensa do Hemocentro de Ribeirão Preto

Seminário do CTC aborda novas perspectivas no tratamento de tumores cerebrais agressivos

Um estudo conduzido pela pesquisadora Valeria Valente, docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara, traz novas perspectivas no tratamento de um dos tipos de tumores cerebrais cancerígenos mais agressivos, os astrocitomas.

A pesquisa teve o apoio do Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e identificou as alterações genéticas com maior potencial de promover agressividade, revelando possíveis biomarcadores de prognóstico e genes candidatos a alvos terapêuticos.

Para ampliar a discussão dos resultados, o CTC em parceria com o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) realizou o seminário “Genes de reparo de DNA: funções na manutenção da estabilidade genômica das células tumorais e progressão do câncer”, com a Profa. Dra. Valeria Valente.

O encontro foi realizado no dia 27 de outubro, no Anfiteatro Azul do Hemocentro de Ribeirão Preto.

A equipe da professora Valeria Valente trabalhou com células de astrocitoma coletadas de 55 pacientes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) buscando assinaturas de expressão gênica associadas ao tempo de sobrevida dos pacientes. Os resultados dessa investigação foram publicados na revista Tumor Biology.

“Os dados indicam que os genes de reparo de DNA têm papel fundamental na manutenção da integridade genômica de células altamente proliferativas e, portanto, podem indicar caminhos promissores para o desenvolvimento de novas terapias para o tratamento dos astrocitomas de alto grau”, destaca a pesquisadora.

Coordenadora da Casa da Ciência publica artigo na Revista Brasileira de Extensão Universitária

A professora Marisa Ramos Barbieri, coordenadora da Casa da Ciência, publicou o artigo “Memória e divulgação: ações educacionais da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto na difusão do conhecimento”, na Revista Brasileira de Extensão Universitária.
 
O texto traz um breve histórico da criação da instituição, as atividades de divulgação científica desenvolvidas, os materiais educativos já publicados e o trabalho realizado junto as escolas de Ribeirão Preto e região.
 
 
Projeto
 
A Casa da Ciência é um projeto do Hemocentro de Ribeirão Preto que desenvolve atividades de ensino de ciências com objetivo de apoiar e aproximar a pesquisa científica de alunos e professores da rede básica de ensino. A Casa iniciou suas atividades como parte educacional do Centro de Terapia Celular (CTC), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-tronco e Terapia Celular (INCTC), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).