Congresso premia trabalho que avalia uso das células CAR-T de doadores saudáveis contra o câncer

Ter o estudo reconhecido como um dos melhores em um grande congresso é um marco importante, especialmente para pesquisadores em início de carreira. Esse é o caso da estudante de ciências biomédicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) Karolina Santos Esteves, premiada no 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia, realizado de 25 a 29/09, em Fortaleza (CE).

Orientada pelo Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza, coordenador do Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, a aluna de iniciação científica apresentou no evento o trabalho “Generation of anti-GD2 ‘universal’ CAR-T cells through CRISPR-mediated TCR knockout with potent cytotoxic activity against glioblastoma cells”.

A pesquisa, apoiada pela FAPESP, avalia alternativas para a produção de células CAR-T alogênicas, ou seja, que podem ser geradas a partir de doadores saudáveis. Essa iniciativa traria vantagens sobre a atual terapia celular autóloga, que utiliza as células do próprio paciente, em muitos casos já debilitado. Dentre elas, uma possível redução de gastos operacionais e do risco de desenvolvimento da doença do enxerto contra hospedeiro (DECH), uma condição grave que ocorre quando as células-tronco do doador atacam o receptor, destruindo tecidos e podendo ser fatal.

Outros benefícios são a possibilidade de geração de múltiplas doses a partir de um único doador, permitindo o escalonamento da produção, a padronização do produto final e a redução dos custos de manufatura. A investigação apresentou avanços na avaliação do uso da terapia contra células do glioblastoma, um tipo de tumor maligno que afeta o cérebro ou a coluna vertebral.

Saiba mais no vídeo abaixo produzido pela TV Hemocentro.

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